Amor Entre Irmãos ~ Prológo (parte I)
May. 29th, 2011 12:10 am(Vanilla)
Eu tinha oito anos quando tudo aconteceu.
A cor predominante era vermelha. A mesma, utilizada para demonstrar vida e paixão, se alastrava por todo o escritório. Furiosamente, as chamas devoravam livros de couro, as cortinas de seda e todos os papéis escritos à caneta.
Deixei cair o meu livro de historinhas para dormir que sempre fazia o meu papai ler. Porquê eu adorava a voz dele. A voz da minha mãe. Os pelos do meu corpo se arrepiavam, pois escutava aquelas mesmas pessoas gritando de dor. Pedaços se madeira me impeliam de ir ali dentro e ajudar. Ouvi o disparo de balas de algum révolver nas mãos de alguém e o irromper de um corpo no chão.
Eu estava tomada pelo pânico que crescia em mim como uma teia de aranha perigosa. Senti uma pontada na boca do meu estômago e recuei alguns passos. Precisava chamar alguém! Precisava salvar os meus pais!
- VANILLA! - No entanto, escutei a voz do meu genitor chamar-me de volta. De pijama, virei-me para a direção dela. O rosto robusto do meu pai, maculado de sangue, se mexeu entre o vermelho crepitante. Petrifiquei de pavor. O que mais se passava na minha mente era "O que papai faz no meio, com um 'troço grande' enrolado num pano e encostado em seu ombro?" - Não fique parada, menina! Corra e alerte o Senhor... ARGH! - houve um engasgo antes de um debate físico entre dois corpos.
- Papai! - eu gritei, desesperada, não sabendo bem o que fazia ou o que não fazia.
- Corra para bem longe daqui! - Ele berrou e foi o seu último aviso. - Avise o seu irmão!
Tive que hesitar. Tive que ter muita força de vontade para retirar os meus pés do chão. Dei uma última olhada para trás, antes de me virar e correr disparado pelos corredores da mansão. O fogo continuava a queimar. Sentia cheiro de fumaça.
Nada parecia mais importante do que...
- CINNAMON! - Exclamei ao vê-lo entre alguns barcos de palito de dente, sentado e encolhido em seu quarto. Corri e me joguei em sua direção, quase o fazendo se balançar. - Se esconde, se sconde, vamos, vamos...! - disse, agoniada, sacudindo os seus olhos e o fazendo fitar bem os meus olhos.
O meu irmão gêmeo biviterino era bastante diferente de mim. Era calmo, racional, loiro, praticamente um anjo sem asas nas costas. Este levantou a sua cabeça. Os seus olhos esmeraldinos estão confusos, principalmente porquê ele sabe que não sou de demonstrar muito afeto ou que não me deixo transparecer preocupada muito facilmente.
- Irmã? - Ele me interroga, desconhecendo o motivo da minha agitação. Eu o abracei. - O que está... acontecendo?
Eu tinha oito anos quando tudo aconteceu.
A cor predominante era vermelha. A mesma, utilizada para demonstrar vida e paixão, se alastrava por todo o escritório. Furiosamente, as chamas devoravam livros de couro, as cortinas de seda e todos os papéis escritos à caneta.
Deixei cair o meu livro de historinhas para dormir que sempre fazia o meu papai ler. Porquê eu adorava a voz dele. A voz da minha mãe. Os pelos do meu corpo se arrepiavam, pois escutava aquelas mesmas pessoas gritando de dor. Pedaços se madeira me impeliam de ir ali dentro e ajudar. Ouvi o disparo de balas de algum révolver nas mãos de alguém e o irromper de um corpo no chão.
Eu estava tomada pelo pânico que crescia em mim como uma teia de aranha perigosa. Senti uma pontada na boca do meu estômago e recuei alguns passos. Precisava chamar alguém! Precisava salvar os meus pais!
- VANILLA! - No entanto, escutei a voz do meu genitor chamar-me de volta. De pijama, virei-me para a direção dela. O rosto robusto do meu pai, maculado de sangue, se mexeu entre o vermelho crepitante. Petrifiquei de pavor. O que mais se passava na minha mente era "O que papai faz no meio, com um 'troço grande' enrolado num pano e encostado em seu ombro?" - Não fique parada, menina! Corra e alerte o Senhor... ARGH! - houve um engasgo antes de um debate físico entre dois corpos.
- Papai! - eu gritei, desesperada, não sabendo bem o que fazia ou o que não fazia.
- Corra para bem longe daqui! - Ele berrou e foi o seu último aviso. - Avise o seu irmão!
Tive que hesitar. Tive que ter muita força de vontade para retirar os meus pés do chão. Dei uma última olhada para trás, antes de me virar e correr disparado pelos corredores da mansão. O fogo continuava a queimar. Sentia cheiro de fumaça.
Nada parecia mais importante do que...
- CINNAMON! - Exclamei ao vê-lo entre alguns barcos de palito de dente, sentado e encolhido em seu quarto. Corri e me joguei em sua direção, quase o fazendo se balançar. - Se esconde, se sconde, vamos, vamos...! - disse, agoniada, sacudindo os seus olhos e o fazendo fitar bem os meus olhos.
O meu irmão gêmeo biviterino era bastante diferente de mim. Era calmo, racional, loiro, praticamente um anjo sem asas nas costas. Este levantou a sua cabeça. Os seus olhos esmeraldinos estão confusos, principalmente porquê ele sabe que não sou de demonstrar muito afeto ou que não me deixo transparecer preocupada muito facilmente.
- Irmã? - Ele me interroga, desconhecendo o motivo da minha agitação. Eu o abracei. - O que está... acontecendo?